A um dia do terceiro aniversário deste blog, o Grandioso Campeonato de Ordenha Espancador Vara de Pinho fica curiosamente a três jornadas do fim, sendo os resultados desta semana os seguintes:
Tributo Ancião da Grotafunda 26
Marítimos do Cerrado 24
Lavradores Independentes 24
Homens do Leite Ordenha Clube 24
Grotafunda Ordenha Clube 34
Associação Grotafundense Ordenha26
Associação PACMPDG da Grotafunda 31 Juventude Vaqueira 27
Não tiveram semelhante sorte esta semana. Por divina obra do karma, encontraram uma motivadíssima equipa do GOC, que lhes deixou completamente sem argumentos, e a todos os 14 espectadores presentes na Queijaria Alberto um agradável sentimento de perplexidade.
No entanto não foi o GOC / AGO, o embate mais electrizante desta semana de retorno do Grandioso Campeonato de Ordenha Espancador Vara de Pinho. De facto o defronto que perdurará eternamente nos anais desportivos da Grotafunda foi o Tributo Ancião da Grotafunda V.S Marítimos do Cerrado.
Á entrada do “Santuário do Leite” o TAG e o MC, eram duas equipas em situações tudo menos similares. Por um lado o TAG, líder invicto do campeonato com
Quanto ao Marítimos as circunstâncias eram outras, ainda sem pontuar, e com menos
Era um clima tenso que se sentia então pelas 6 e 30 da manhã no “Santuário do Leite”, frente a frente os guerreiros de Silvâ: Carlos Abelha; Jacques Pires e Apolo Silva Santos. Contra os gladiadores do cerrado: João Silva; Jonathan Miranda e Rui.
Suores frios percorrem os atletas e os espectadores (perto de uns 18, que fazia o Santuário encher pelas costuras), entoavam-se cânticos de guerra, cuspia-se para o chão, alivia-se a comichão iminente, provocada pela infame micose genital proveniente do nervosismo. E o cronometrista (imprudente) soa a campainha e decide que aqueles mancebos viris se gladiem perante as massas
Estupefactos com tanto talento, os Marítimos vacilaram a principio, e começaram timidamente com Rui, que como se nunca tivesse visto tetas na vida, tocava a vaca a medo, quase a perguntar “poso? Por favor? Obrigado” sempre que os seus trémulos dedos sentiam as macias glândulas do bovino. Mas Albino Santos, pedagogo experiente, rapidamente constatou que Rui não consegui gerir a pressão de semelhante encontro, substitui por uma velha raposa da ordenha, que já marcou presença em 6 clubes diferentes do campeonato tendo mesmo sido campeão em 1997 pelo Grotafunda Ordenha Clube: Márcio Alves.
E valeu a experiência de João Silva e Márcio Alves, para arrancarem o jogo para os Marítimos, permitindo assim ao cair do primeiro parcial uma autêntica “explosão Miranda”. Jonathan Miranda, que já no último jogo tinha tido uma muito boa prestação, ordenhou neste primeiro período
Ao avistar uma possível vitória perante os virtualmente imbatíveis TAG, os Marítimos redobraram as forças para o segundo período. De facto entraram com tanta vivacidade e vontade de ganhar que o grito de Jonathan na cara de Jacques “Esta é a minha vaca” ouviu-se em todo o Santuário, no confronto que muitos já dizem ter sido “Godzilla contra King-Kong da ordenha”. E os homens do Marítimos ordenharam com labuta e garra, bolhas com pus e sangue se fizeram nas mãos desses bravos homens, e esse pus sangue e suor caía dramaticamente no leite, deixando o liquido impróprio para consumo mas recomendado para poética contemplação.
Perante tão estóico esforço, não houve talento que resistisse, e no segundo período o resultado era de 15-19.
Para o início do 3º e último período, Albino Santos viu-se obrigado a substituir Márcio Alves, que já não pode contar com a stamina dos impertinentes jovens que era suposto enfrentar. Albino pressupôs que, devido á vantagem da equipa e da segura performance dos seus homens, que seria uma boa altura para permitir a nova entrada de Rui. Pois maldita a hora em que o fez, Rui denotou ainda demasiada pressão e deixou-se dominar pelo momento. As tetas escorregavam-lhe das mãos, era demasiado rápido quando a vaca queria que ele fosse gentil, era lento quando a vaca queria vigor, precipitava-se, enganava-se no timing, julgo até que a certo momento se viu lágrimas nos seus olhos. Decadente espectáculo nos proporcionou Rui, é muito triste ver um homem já adulto deixar-se manipular, consumir e ser mal digerido assim por uma vaca. Ainda assim o Marítimos (com
E foi na altura dos guerreiros de Silvâ mostrarem o que valiam, que história foi escrita nas rudes e esplendorosas mãos de Jacques Pires. Quando tudo parecia perdido, Jacques ocupa o banquinho e com a minuciosidade de um ourives, a paixão de um herói e o fulgor de um tenor começou a fazer das glândulas daquele desmesurado animal, instrumentos de uma sonata, mármore onde ele esculpiu um sonho, juro por Deus que a meio do processo fechei os olhos e ouvi coros de anjos e harpas. O momento de todos mais divinal, foi quando Jacques encostou os quentes lábios á teta do bicho e sugou com adocicado calor o alvejado líquido. Lágrimas vieram-lhe aos olhos, mas ao contrário das lágrimas de Rui, que eram lágrimas de pavor, medo e desejo de evasão, estas lágrimas eram lágrimas de paixão, alegria e vivacidade. Acho que a cara de todos nós, cidadãos do mundo, se enterneceria perante tão bucólico retracto. Jacques ordenhou sozinho
Sem mais a acrescentar aqui fica a tabela classificativa:
Tributo Ancião Grotafunda |
12 |
|
Associação PACMPD da Grotafunda |
12 |
|
Associação Grotafundense de Ordenha |
09 |
|
Juventude Vaqueira |
06 |
|
Grotafunda Ordenha Clube |
06 |
|
Homens do Leite Ordenha Clube |
01 |
|
Lavradores Independentes |
01 |
|
Marítimos do Cerrado |
00 |
|
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