Nos dias que se seguiram Felipe continuou a observar o miúdo, durante o horário de expediente da sua gancheta. Era reconfortante para ele ver um pequeno homo sapiens, preferir a reflexão ás truanices dos demais.
Mas outra coisa ocupava os pensamentos de Felipe. O último dia do seu calvário aproximava-se, e para despedida gloriosa o Pai Natal, iria atirar rebuçados e outros aglomerados de açúcar á população com menos de metro e meio, ao som da música “mexe-te como um molusco” o jingle promocional da mascote do centro: o “Mexilhão Brincalhão”, ao que parece todos os animais dignos já estavam escolhidos e não restou outra hipótese ao centro comercial se não recorrer ao poço fundo dos moluscos, e mesmo dentro dos moluscos nem podiam escolher um molusco dos bons, restavam-lhe as lapas, as santolas e os mexilhões. A grande questão na cabeça do alegado velhinho do pólo Norte era se fazia-lo com a indiferença juvenil e rebelde de Kurt Cobain, ou com a dignidade perante o cepo de Carlos I.
Quando o fatídico momento chegou, Felipe pôde observar aquela potencial súcia numa patuscada berrante e insuportável, previsivelmente, o miúdo prodígio mantinha-se á parte de todo aquele chavascal. A sua indiferença fascinava e seduzia Felipe, da mesma maneira que aquele momento fascinava e seduzia as restantes crianças menos afortunadas intelectualmente. E aí, neste momento insólito, Felipe (talvez influenciado por todo aquele ajuntamento de fascínio) apercebeu-se de algo que iria mudar a sua maneira de ver a infância:
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