Se á duvida que sempre tive em relação ao natal, é o facto de nós adorarmos o “menino” Jesus, e não o Jesus, homem feito com barba e pregos.
Mas porque temos a mesma imagem de Jesus que a de um cão (são muito giros quando são bebés, mas quando crescem deixam de ser adorados)?
Na minha opinião Jesus é ao fim e ao cabo uma daquelas estrelas que atinge o estrelado cedo demais e depois cai em decadência, no caso de Jesus, o mesmo causou muito impacto quando nasceu, pois era o filho de Deus, e até ao momento nenhum deus tinha tido um filho. Mas depois o conceito começou a cansar, e a imagem de Jesus foi-se desgastando.
Mas que melhor maneira de verificar os factos do que falando com o mesmo? Porque não falar com Jesus e entrevistá-lo, para responder a esta problemática? Se a Alexandra Solnado consegue, porque não eu?
Blayer – Saudações Jesus
Jesus – Podia tratar-me por Menino Jesus?
B – Com maiúscula no “m”?
J – Acho que tem de ser, porque sou filho de Deus e tal.
B – Mas o seu nome não inclui “menino”.
J – Sim mas, se tivermos em conta que vai começar o paragrafo de dialogo com o “m”, esse tem de ser maiúsculo.
B – Tens razão, desculpa lá isso pá.
MJ – “pá” não, “Pá”.
B – Tudo bem “Pá”, quer que mantenha as aspas?
MJ – São aspas maiúsculas?
B – Não.
MJ – Então deixe estar. Agora que reparo bem para si, você é um espécime bem atraente, não deveria andar por aí a transportar sacos, é preciso ter cuidado com os sacanas dos rabichos.
B – Obrigado pelo conselho. Menino Jesus, você é ainda hoje adorado por varias pessoas, mas não como um homem adulto, mas sim como um bebé, tem algum comentário a fazer sobre isto?
MJ – Tenho muito a dizer sobre isto. O que acontece é que quando nascemos filhos de Deus tudo é fácil, e pensamos que essas facilidades vão ser assim para sempre. O que acontece é que a imagem de bebé adorável não dura para sempre, e é preciso manter o carisma mesmo assim. O que não é fácil quando se é um judeu barbudo.
B – E o seu pai.
MJ – Não é “pai” é “Pai”.
B – Ou isso, o seu Pai, tentou ajudá-lo a manter o carisma?
MJ – Sim, o meu pai fez-me rodear de 12 dos melhores técnicos de imagem, argumentistas de discursos, estilistas, designares e jornalistas sensacionalistas. O problema é que eu não tinha assim nenhum talento em especial, era um mau actor, não sabia cantar, era um “entertainer” paupérrimo, enfim. Tinha no entanto muito jeito para truques de magia, conseguia inclusive andar na água e transformar água
B – Desculpe, não deveria ser “EU”
MJ – Não interessa, ninguém está a ver isto de qualquer maneira. Adiante com o passar do tempo eu e a minha equipa começamos a entrar em desespero, para o fim começamos a encenar ressuscitamentos e curas á cegueira. Como é óbvio nada disso resultou. Entrei numa grande depressão, meti-me na bebida (o que é bastante fácil quando conseguimos transformar água em vinho), e tudo culminou no suicídio.
B – Está a dizer que o seu crucificamento foi na verdade um suicídio e não uma condenação?
MJ – Não, eu não me crucifiquei, isso ia doer muito. Eu simplesmente deixei-me contaminar com uma constipação (que na altura não tinha cura). O crucificamento foi uma forma que a minha equipa arranjou de forma a que eu fosse recordado, conseguissem vender uns livros e ainda ganhar uns trocos.
B – Bem isto é sem duvida uma declaração surpreendente. Obrigado pelo seu tempo Menino Jesus…
MJ – Então mas é só isto? Uma pessoa vem cá desenterrar fantasmas do passado e não á nada? Nem uns trocos para a viagem nem nada?
B – Poso oferecer-lhe uma sopinha se quiser, mas tem que me devolver a caixa tuperware.
MJ – Já é melhor que nada, e vinho não tem vinho?
B – Vinho não.
MJ – E água?
B – Água consigo arranjar.
MJ - Obrigado
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