Felipe ficou perplexo, e como tal proferiu um chorrilho de situações que faziam prever tamanha afronta e também a inutilidade cerebral dos leitores daquele jornal. Depois de insultar os leitores do “Diário Matinal” com 7 impropério com mais de 5 sílabas, Felipe pensou na sua situação em termos monetários/nutritivos, sim porque apesar de douradinhos e refeições de microondas não ser propriamente um manjar dos deuses, eram o suficiente para permitir que os sinais vitais do escriba se mantivessem preguiçosamente activos. Com base nesses problemas Felipe perguntou em tom preocupado o que poderia fazer para adquirir aqueles tão desejados xelins.
O director do jornal sossegou o seu colaborador dizendo que já tinha pensado no assunto, e que era bem capaz de ter encontrado uma solução para o mesmo. Segundo o director do jornal o tom de superioridade que Felipe dava aos seus textos produzia nos leitores um certo ódio, como tal seria uma vitória moral para os leitores ver alguém tão snob no que toca a valores e ideais humilhar-se para algum fim. Essa vitória moral provavelmente iria trazer vantagens ao Matinal na altura do escrutínio das bancas, e como tal umas moedinhas para o macaquinho do realejo.
Preparando-se para disparatar efusivamente semelhante tal proposta, Felipe perguntou á sua cunha que tipo de “humilhação” estava a ser discutida.
Hesitante o mago que transforma papel em informação, engonhou um discurso ensaiado que, encobria o facto de ele ter plena certeza da tarefa que queria que Felipe efectuasse com variados “não sei bem” e “não pensei ainda bem nisso” e ainda “alguém disse que”, até deixar escorrer pelos lábios as palavras que certamente iriam provocar um momento incrivelmente desagradável: “representares o papel de Pai Natal num centro comercial e escreveres sobre isso”.
Após ouvir a profecia do distribuidor de saldo, Felipe repetiu por ordem aleatória os impropérios que á pouco tinha proferido, não conseguindo mesmo controlar alguns insultos mais usuais em tabernas de remotos meios rurais. Indignado de forma semelhante a alguém que é imposto um acordo pré-nupcial, Felipe desligou o telefone e concedeu-se alguns momentos para reflectir. Apesar da sua condição o impedir de cometer um acto de tamanha insensatez, necessidades básicas obrigavam-no a considerar a humilhante proposta. Será que era a vez dele de rastejar na metafórica lama, imitando todos aqueles vermes desprovidos de coluna vertebral que ele tanta escória reservava. Infelizmente aquela era uma situação de terceiro excluído, por muito que ele criticasse a situação nas suas crónicas, os boémios beócios continuariam a ter a satisfação de ele estar a fazer aquilo, se pelo contrário reporta-se uma ode á profissão de alegado Pai Natal iria provar que estava errado, resumindo ou vendia a alma ao diabo em troca de umas quantas porções de alimento deprimente, ou mantinha-se digno e aceitava com honra a anorexia que o esperava.
Se á coisa que sempre desacreditou a nobre industria pornográfica é o facto de menosprezar as mulheres e reduzi-la a meros objectos sexuais (o que se pode tornar especialmente confuso quando as mesmas estão a utilizar objectos sexuais).
Mas eu julgo ter a solução para isso, e a solução chama-se “Pride Porn” ou PP (desculpem lá mas soava melhor em inglês).
E como é que isto funciona? Perguntam todos vocês que pesquisaram no google expressões como “Lolita extrema” ou “Paris Hilton”.
Pois bem, é realmente bastante simples, a base da história não difere muito da grande maioria dos filmes pornográficos. Vamos supor uma sala de aula de uma qualquer faculdade, uma aluna com mamas grandes, um professor, e no momento em que o pedagogo diz:
“Eu sei de uma forma de fazeres as tuas notas crescerem” enquanto desaperta as calças. A aluna levanta-se com um ar ofendido e diz: “Se julga que vou receber vantagens na avaliação, por receber outras coisas, nomeadamente o baboso anexo do senhor professor, pode voltar a fechar as calças, tenha o resto de um bom dia” e sai disparada da sala.
Annnn parece-vos bem ou não? Não desrespeitam as mulheres pois não? Mas para quem é a adepto de algo mais hardcore, o Pride Porn também cobre essas áreas, seus marotos.
Imaginem um centro comercial apinhado de gente, a imagem é ligeiramente tremida, e vê-se que é um tipo em andamento que carrega a manhosa câmara. De repente o plano centra-se numa moça com (vejam lá bem) mamas grandes. O gajo da câmara aproxima-se e diz:
“Tenho uma proposta a fazer-te que inclui fluidos humanos, e 300 dólares” (ou yenes para os fans da cena asiática)
E a resposta é:
“Guarde o seu sujo dinheiro para si, que não necessito dele. Deve achar que consegue tudo com o dinheiro não? Agora desapareça antes que eu chame o segurança.”
E nada acontece.
É bom ou não é bom, ann? Gajas dinheiro e orgulho, tem tudo para dar certo, acho que sim, acho que é capaz de pegar.
(ou talvez não, pelo sim pelo não as gajas vão ser violadas nos episódios piloto, mantêm a dignidade, mas a gente sempre vê mamas)
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