Neste dia 1 de Janeiro poderia estar a fazer imensas coisas, e levar a cabo um impressionante numero de projectos, em vez disso estou a escrever isto, não sou um individuo ambicioso, aliás apenas tive 3 resoluções de ano novo foi “conseguir comer 4 tabletes de chocolate 70% cacau em menos de meia hora e não vomitar”, uma outra foi “descobrir a cura para o cancro, num laboratório do Eritreia, enquanto como panquecas, pratico a copula desenfreada com as 3 meninas dos anúncios da TV cabo em simultâneo e puxo um camião com os dentes” e por fim “tornar humanamente possível praticar a copula com 3 pessoas ao mesmo tempo”. Mas adiante…
Reparei recentemente que a palavra “próspero” e utilizada praticamente apenas no ano novo. Esta palavra, que goza de um estatuto de certa forma “erudito” (ao contrário da palavra “puta” que é pura ralé lexical) passa todo o na desapercebida, até sensivelmente o dia 20 de Dezembro, onde se passa a desejar “um feliz natal e um próspero ano novo”.
E porquê? Pergunto eu, “próspero” é uma palavra tão boa, que deseja coisas tão agradáveis. Será que tem a ver com a grandiosidade, do que se deseja “próspero”?
Vejamos, um “ano novo” é um ano inteiro, é muito tempo, já um “fim de tarde” é algo bem mais rápido e momentâneo. Dai talvez fazer sentido um “próspero” para dividir por um ano inteiro, e um “agradável” bem menor em termos de felicidade para um simples fim de tarde. Sim porque ninguém quer um fim de tarde demasiado bom. Para já porque não seria justo para as outras pessoas que têm um fim de tarde simplesmente “agradável”. E depois porque iria tornar todos os outros fins de tarde deprimentes, depois de se experimentar um “próspero fim de tarde” um “agradável fim de tarde” iria sempre saber a pouco.
Sendo assim podemos relacionar o grau do desejo de felicidade, com o tempo que se deseja “feliz”. Sendo assim:
Agradável – Utilizado para períodos de tempo bastante curtos, tais como “fim de tarde”.
Feliz – Utilizado para períodos de tempo relativamente pequeno (um dia em geral) mas de grande importância, tais como “aniversário” ou “natal”.
Bom – Utilizado para períodos de tempo maiores, tais como “Bom fim de semana” ou “boas férias”.*
Próspero – O maior de todos os desejos de felicidade, por ter um poder tão grande, é apenas utilizado para desejar um bom ano, o uso abusivo deste desejo pode ter consequências terríveis, daí nunca ser utilizado noutra situação.
*Algumas pessoas mais hiperbólicas utilizam o “bom” também para um dia ou tarde, ou até mesmo noite, convém realçar que este “bom” não igual ao “Bom” de um “Bom fim-de-semana” por exemplo*
*Isto é uma nota de rodapé, de uma nota de rodapé, achei giro assinalar isto
Se á desejo de prosperidade para o ano novo que me fascina é o:
“Que o melhor de 2007 seja o pior de
Fascina-me porque se formos a ver não é um desejo de prosperidade tão bom como possa parecer, e passo a explicar:
Imaginem um casal, visivelmente extasiados após uma relativamente longa sessão de copula satisfatória para ambos os lados (ou “comerem-se e bem” usando a terminologia popular). Nesse momento um dos intervenientes dirige-se ao outro e proclama:
- Foste a melhor coisa que me aconteceu em 2007
(ao que o outro interveniente provavelmente responderia “tu também” ou “mééé´mééé” em terminologia matarruana)
Segundo o belo desejo de prosperidade anteriormente referido, o membro cujo elogio foi referido, iria muito provavelmente perseguir o outro e á sua família, ameaçando-os com um martelo pneumático e um agrafador, durante todo o 2008, transformando-se assim no “pior de
E imaginemos agora um individuo, chegar á maternidade, pegar no seu filho e proclamar bem alto:
- Esta criança foi o melhor que me aconteceu em 2007.
Por esta associação de ideias, o infame ranhoso iria perseguir o seu progenitor com um daqueles bonecos de plástico com formas de animas que produzem um som agudo quando apertados e um martelo pneumático durante todo o ano de 2008.
E suponho que ninguém quer isto, até porque aqueles bonecos conseguem ser mesmo irritantes.
Muitos de vocês podem pensar “epá é só um desejo inocente, não vamos agora hiperbolizar isto de tal forma”, mas meus amigos, se á coisas que não devem ser levadas de ânimo leve são taxistas indianos com moto serras.
Para finalizar deixo-vos com esta ideia:
Quantas pessoas não disseram “o Sócrates foi a melhor coisa que aconteceu em 2006”?
Po norma o primeiro post de 2007 deveria ser algo interesante, ou com piada. Mas uma das coisas giras de ter um blog e poder fazer o que se quer com ele.
Por exemplo não me apetece escrever algo interesante, e ou com piada. E quem é que me impede? Ninguém, não gostam azar, o blog e meu o blog tem o meu nome, ou seja eu mando (que grande sensação de poder. Não diz aqui, "o blog com interese do Blayer" u "O blog sem erros do Blayer", diz Blayer, ou seja é qualquer coisa, com o Blayer.
E se por exemplo como primeiro post de 2007 apetecer-me fazer um resumo do ultimo episódio da Floribella, ou elogiar Cavaco Silva, ou publicar uma foto da Odete Santos, eu poso porque eu tenho um blog.
Para terminar desjo um bom ano a todos os visitantes deste blog (sim primo isto é pra ti, desculpa lá não te ter mandado um sms) e a promessa de nunca mais escrever sem tomar os comprinmidos primeiro.
P.S para quem não reparou desejei um feliz ano novo a um familiar pelainternet, é uma óptima utilização para um blog, e é gratís aconselho vivamente a fazerem o mesmo.
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