O curling é, paradoxalmente, um desporto simples que levanta imensas questões.
O desporto baseia-se em fazer deslizar calhaus no gelo, e fazer com que o calhau pare num determinado círculo.
Deslizar calhaus no gelo… A premissa por si só ultrapassa todas as minhas convenções de bom senso. Bem sei que se abstrairmos desta forma qualquer desporto parece idiota, e a verdade é que muitos o são, mas francamente, deslizar calhaus no gelo? Quem pensou numa coisa destas? E os encontros de curling são estupidamente grandes, cada encontro tem dez rondas cada ronda tem pelo menos 3 lançamentos para cada equipa, cada lançamento requer alguns minutos para decidir a melhor estratégia para deslizar o calhau, tudo isto resume-se a mais de hora e meia de deslizamento de calhaus.
Isto para não falar nos anos de treino que se requer para ser um decente lançador de calhaus. Conseguem imaginar um miúdo a treinar durante horas a sua prática de lançar calhaus? É que nem é atirar pedras, é fazer com que as pedras deslizem gentilmente na pista de gelo. Parece ou não parece divertido? O velho treinador a dizer como se lança uma pedra, a ensinar todas as movimentações necessárias para lançar a pedra, a exaltar-se quando não estamos claramente a prestar-lhe atenção, a incentivar-nos quando os meninos da outra equipa lançam pedras melhor que nós. Oh as preciosas memórias dum jogador de curling, a vez onde a sua pedra ressaltou na pedra do adversário e ficou mesmo no centro do círculo vermelho, ah a nostalgia, a nostalgia.
Mas desenganem-se os que julgam que o curling se limita a isto, não, aparentemente o criador do desporto julgou que lançar calhaus no gelo fazia demasiado sentido, logo juntou dois membros para varrer o gelo por onde o calhau passa. Só o facto de estar a escrever isto faz-me confusão, se existe algo que nunca julguei escrever esse algo é “varrer o gelo por onde o calhau passa”, conseguem imaginar pôr isto numa qualquer conversa? Haverá algum cenário onde tenhamos que dizer “varrer o gelo por onde o calhau passa”? Apenas o curling poderia magicar tal situação.
E se os treinos dos lançadores de pedras já me parecem bizarros, que dizer dos varredores olímpicos? Como será a vida dum varredor olímpico? Todos os dias treinar durante 3 horas a sua técnica de varrer. E o pior nem é a complexidade que o simples acto de varrer ganha, é as expectativas criadas sobre as lides domésticas dum varredor olímpico, esperasse dum varredor olímpico que tenha o chão olimpicamente limpo, o que dizer dum varredor olímpico com um chão sujo? É como um cozinheiro de renome que se alimenta exclusivamente de douradinhos.
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