"Um desses acontecimentos era a época natalícia, acontecimento que lhe centrifugava as entranhas. Não que fosse um fanático religioso, adorador de um qualquer deus insólito com a forma de um suíno alado. Longe disso, Felipe considerava a existência de um Deus, não tinha no entanto nenhuma certeza sobre a sua forma, mas gostaria que fosse uma mistura entre Marilyn Monroe e Dona Isabel quiçá com uns traços da Vénus de Milo. Nem era o consumismo desenfreado que mais lhe pontapeava a alma, o que destabilizava o seu temperamento era o espírito natalício em si, aquela “parada decrépita de alter-egos excessivamente amáveis” a “emancipação do ateísmo cultural” a “celebração da sagrada festividade profana” e a “artificial musculatura moral”.
Eram infindáveis os aspectos daquela época que revoltavam o frustrado espírito de Felipe, céptico no que toca á exuberância e frio analisador dos comportamentos humanos considerava o bruaá da época exacerbado e falso. Achava o facto da discussão “consumismo/valores morai e religiosos” se repetir todos os anos patético. Porque na realidade toda a gente julgava (ou dizia julgar) o excessivo consumismo da época perigoso e despropositado, no entanto toda a gente achava que pertencia a um pequeno grupo de “iluminados” que não se deixavam engolir pelos vis maxilares nas multinacionais, e como tal tinham que espelhar a mensagem TODOS os anos a TODA a gente que pudessem (de preferência num centro comercial onde estão todos os “cegos”, aproveita-se e acaba-se as compras de Natal).
Felipe julgava também todas as manifestações “artísticas” (se não for hiperbólico considerar aquilo de “artístico”) hediondas. Milhares de músicas/filmes/poemas comerciais e enlatados, tão cheios de conteúdo como o estômago de um maratonista queniano, farpas ao nosso bom gosto e á nossa sanidade mental. Felizmente Felipe tinha discernimento suficiente para não se deixar estupidificar como o resto da populaça saltitante."
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