Gosto de comparar este blog com a actividade sexual de um casal sexagenário, parece acabada e jazente, mas pelas alturas da Páscoa revive, para celebrar o renascimento do filho do criador.
Depois de vos propocionar com uma imagem tão bonita (a actividade sexual dos velhinhos, não o renascimento do Messias, se bem que se quiserem conjugar ambas tudo bem, é a vossa sanidade mental, não a minha) afirmo com o peito a rebentar de brio, e o ego tão insuflado que me faz levitar, que pedagogos de sensatez duvidosa consagraram o "yours truly" como vencedor de um concurso literário.
Bem sei que tal acontecimento aconteceu no passado mês de Dezembro, mas só agora o ego me permitiu assentar os gluteos em frente ao pc e comunicar a vós a boa nova.
Como tal achei por bem publicar aqui esse meu produto, de forma a poder compartilhar com um publico mais vasto que os juris do concurso e toda a gente que passa próximo da Junta da Freguesia da Grotfunda entre as 13 e as 16 horas onde eu proclamo o texto num mégafone interrompendo cada frase com a expressão "ganhei".
Devido á sua extensão vou dividir o texto em 12 partes, de forma a torná-la mais "user friendly", desculpem também algumas gralhas editoriais. E para aqueles que se perguntam "como é humanamente possivél que alguém que usa a cópula entre sexagenários como figura de estilo ganhe o que quer que seja no campo literário?" Aceitem isso como um dos belos e dantescos paradoxos da vida.
Sem mais delongas:
"Felipe Serda era um homem por volta dos seus trinta anos, atormentado desde cedo pelas alcunhas que lhe deram na sua infância (nomes que rimem com “fezes” em terminologia popular, são geralmente os predilectos de infantes cruéis que se satisfazem com a humilhação dos demais), possuidor de um patético físico subnutrido e de peles moles (típico de um fumador crónico) tinha por volta de 1,73m e a sua cara era escarpada e possuidora de uma barba na sua generalidade rala, a menos que o ócio se apodera-se da sua mente de tal forma que lhe impedisse de passar uma lâmina de idade considerável pela face protegida apenas por uma espuma de barbear de confiança questionável.
Felipe Serda era o que alguns denominariam de “pseudo-intelectual arrogante, inútil e frustrado”, o próprio preferia intitular-se de “revoltado apático, presunçoso o suficiente para reconhecer o seu próprio talento, mas não egocêntrico ao ponto de não considerar duas versões diferentes sobre a mesma realidade”. Apesar de uma licenciatura em antropologia, os estudos de Felipe eram maioritariamente auto-didácticos, estudos esses que, se infiltraram tão promiscuamente na vida de Felipe que se tornaram num hobbie. Como snob assumido que era Felipe gostava do que era previamente aprovado por alguma identidade que ele (e outros da sua estripe) considerassem uma autoridade no assunto.
Felipe não tinha emprego, era “intencionalmente desocupado”, vivia de dinheiro da família, uma ou outra herança e a casa era dos pais, que entretanto encontraram num resort luxuoso, (que em semelhança a todas as edificações do género, têm um aspecto disciplinado de casas tão idênticas que sugerem um arquitecto neo-nazi contemporâneo) que tinha como função entorpecer as mentes cansadas dos mais velhos, de forma a que os mesmos descansassem sem se exaltarem sobre o facto de estarem quase a ter a função de “adubo biológico e não nocivo para o ambiente”, um lar. Felipe ganhava também uns xelins pelos seus textos de opinião para um jornal local, não considerava essa tarefa como uma profissão, visto que os seus textos eram esporádicos e a sua convenção coincidia única e exclusivamente com um acontecimento que lhe proporciona-se qualquer estado de espírito que não a completa apatia."
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