Domingo, 27 de Setembro de 2009

Que melhor tema para falar em altura de eleições?

 Haverá mais glorioso alimento que atum enlatado?

 

 Claro que sim, imensos, esta pergunta poderá mesmo ser catalogada de “estúpida”. De facto numa lista de 300 alimentos gloriosos o atum em lata estaria provavelmente no número 243 à frente de douradinhos mas atrás de courdon blue (aqueles panados congelados de fiambre e queijo, estão á frente porque o nome é francês e muita gente não sabe bem o que significa e pede em restaurantes, para impressionar os acompanhantes com o seu pretensioso sotaque. Depois é vê-los a comer folhados com arroz acompanhados por vinho branco.)

 

 Mas, como desempregados em potencial que todos somos, é imperial ser profundo conhecedor do “melhor amigo do degredo”. E como magnânimo cidadão que sou, preocupo-me com o bem-estar da sociedade, deixando aqui o meu contributo em forma de dissecadas criticas a esse bem essencial.

 

 Atum de hoje: “Adónis”.

 

(infelizmente não vi  uma imagem do producto no seu estado natural, isto é um empadão que pode perfeitamente ser feito com atum “Adónis”)

 

 O atum “Adónis” custa aproximadamente 78 cêntimos por lata (mas da internet vi uma loja que vendia a 49 cêntimos) de 120g aproximadamente.

 

 Para além de dar o nome a esta afamada marca de atum, Adónis foi também um filho ilegítimo, amante da deusa da beleza Afrodite e que foi morto por um javali enviado pelo (outro) amante da deusa. Tornou-se também amante da deusa do submundo Perséfone. No fim Zeus decidiu que Adónis passaria 4 meses com Afrodite (que era a mais gira), outros 4 com Perséfone (que parecia um homem) e os restantes 4 sozinho, em liberdade. Crê-se que eram nestes 4 meses de retiro que Adónis produzia este suculento atum, mas nestas coisas da mitologia há sempre partes verosímeis e outras que são obras de charlatães que querem fundar uma seita.   

 

 Mas, foquemo-nos no produto em si, e não em milenares novelas de propaganda:

 

 O atum “Adónis” é um atum bastante oleoso, deve-se abrir a embalagem com cautela para não salpicar o sofá (sim porque toda a gente que come atum em lata não tem o amor próprio de preparar uma refeição e come-la numa mesa como um adulto digno. Quem come atum em lata fá-lo no seu sofá em roupa interior usada directamente da lata) é aconselhável que escoe boa parte do óleo, que tem um sabor muito forte e salgado.

 

 Mesmo após escorrido parte do óleo (todos nós sabemos que é praticamente impossível escorrer todo o óleo duma lata de atum, até Job se acobardou perante tal tarefa) o atum Adónis continua bastante húmido e oleoso, oleoso que é por sua vez a melhor palavra para caracterizar este atum. Basicamente este atum é direccionado mais para os “gourmets” do atum em lata, do que propriamente para quem aprecia atum em si. A expressão “conservado em óleo” ganha uma expressão e dinâmica de proporções épicas quando escrita na lata amarela de “atum Adónis”. Se atum Adónis fosse um perfume seria “Old Spice”, se atum Adónis fosse uma canção seria “Crucificados pelo sistema” dos Ratos do Porão, se atum Adónis fosse um partido político seria o PNR. Comer atum Adónis é como ter “Atila o huno” a invadir-nos as papilas gustativas, com uma determinação e brutalidade tanto admirável como assustadora.

 

 Melhor pão para acompanhar “Atum Adónis”: Broa de milho (bem durinha)

 Melhor bebida para acompanhar “Atum Adónis”: Aguardente de casca de carvalho

 Melhor filme para ver com  “Atum Adónis”: “Sozinho no escuro” de Uwe Bool

 

De 0 a 10: 5,2

De 0 a 100: 52

Em signos do zodíaco: Escorpião

 

música: Caminhos Turvos - Dazkarieh
sinto-me: invadido

Domingo, 13 de Setembro de 2009

Decadence

Recentemente no programa “como nunca os viu” da Sic Notícias, José Sócrates, quando questionado sobre o que lhe fazia rir, referiu uma piada onde Luís XVI tropeça no último degrau de acesso á guilhotina e proclama “tropeçar dá azar”.

 

 Ironicamente não há nada mais engraçado que ouvir José Sócrates dizer piadas sobre guilhotinas…

 

sinto-me: enternecido
música: Bjork ft. PJ Harvey - I can´t get satisfaction

Quinta-feira, 10 de Setembro de 2009

Tema irrelevante és tu

 Não compreendo aqueles porta-chaves com uma fitinha para pendurar ao pescoço.

 

 Porque raio alguém haveria de querer usar aquilo? Que espécie de deprimente conjunto de massa amorfa sente a necessidade de andar com as chaves penduradas pelo pescoço? Haverá melhor determinante de idiotice que transmitir a ideia de que se é incapaz de guardar as próprias chaves?

 

 Sim porque basicamente é isso que o objecto transmite, alguém que use as chaves penduradas ao pescoço está basicamente a dizer:

 

 “Sou demasiado estúpido para guardar as minhas próprias chaves e lembrar-me onde as tenho. Por isso vejo-me obrigado a carregá-las no meu pescoço de forma a que, mesmo que me esqueça delas, elas estejam tão deliberadamente á vista para que eu (ou alguém a quem eu pergunte por elas) as saiba identificar rapidamente, sim porque apesar desta fita me causar uma irritação na pele devido ao seu material abrasivo, e as chaves fazerem um tilintar incomodativo sempre que me movo, por vezes esqueço-me de coisas que estão penduradas á volta da minha própria cabeça, como roupa, o que é deveras embaraçoso em variadas situações.”

 

 Como se não bastasse grande parte destes “porta-chaves” são distribuídos por fármacos. Ou seja não só ostentamos a nossa estupidez como o facto de sofrermos de hemorróidas ou outro tipo de mazelas, micoses ou comichões que necessitem de pomadas. Estúpido e com hemorróidas, será possível encontrar melhor representante da humanidade?  

 

música: Broken promise - Placebo
sinto-me: com alguma raiva

Domingo, 6 de Setembro de 2009

Paradoxos

Se os PowerRangers possuiam um super robô demolidor, porque raio levavam porrada no principio de todos os episódios?

sinto-me: com duvidas
música: Canção da canção da lua - Manuel Cruz

.este tarado tem identidade (veja aqui qual)

.termos

 

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