Terça-feira, 28 de Julho de 2009

Gloriosos furos

 Uma das maiores provas de estupidez da vertente masculina do homo sapiens sapiens (na qual eu e incluo) é a criação do “buraco da glória”.

 

 Para aqueles que não estão familiarizados com a temática: o “buraco da glória” consiste num furo na parede duma casa de banho pública (mais frequentemente em jardins ou estações de serviço) onde é suposto inserir o baboso apêndice que irá aparecer no outro lado da parede (ou seja outro cubículo com uma sanita) onde deduz-se estará alguém que (se tudo correr como o esperado) aconchegará o já referido baboso apêndice presumivelmente com a boca.

 

 Todo este estratagema faz-me levantar de imediato três questões, sendo a primeira: porquê? Mas não um simples “porquê”, um “porquê” capitular com variados pontos de exclamação, em negrito, sublinhado e com uma letra de tamanho maior, ou seja mais ou menos isto:

 

 PORQUÊ???!!!!!!!

 

Outra coisa que me faz confusão é, que perturbada mente se lembrou de semelhante barbaridade? Que raio lhes passou pela cabeça? Segundo Ricky Gervais (sim, este blog não pratica o plágio descarado, quer dizer, se o autor original for sobejamente conhecido, caso contrário as suas palavras serão “anexos” da minha genialidade) trata-se de alguém que “gosta de pénis, mas odeia caras”.

 

 Mas mesmo que partamos do princípio que o criador do “buraco da glória” era alguém que requeria… “aconchego”. Que destrambelhado espírito julga que, caso coloque o seu baboso apêndice num buraco numa casa de banho, alguém irá de facto acolhe-lo? Como é que ele chega a essa conclusão, vamos dividir a sua forma de pensar num silogismo condicional:

 

Se alguém vir um baboso apêndice, aconchega-o

Eu mostro o meu baboso apêndice (através dum buraco numa casa de banho)

Então alguém o aconchega

 

 Ultrapassa-me, não consigo compreender, mesmo tendo dispensado demasiado do meu tempo a ver se via algum lapso lógico nisto tudo. Mas é impossível, tem tanto fundamento como os videoclips do David Hasselhof. Mesmo que os dois intervenientes criadores deste pérfido método de satisfação luxuriosa tivessem algum tipo de relacionamento. E a necessidade dum lascivo encontro entre corpos fosse de tal forma urgente. Porque raio é que não entraram no mesmo cubículo? Qual é a necessidade de colocar a genitália rodeada de cimento? Que pervertido fetiche é este?

 

 Mais uma coisa, esta epidemia já se propagou pelo globo fora. Quem terá sido a vivalma que ao entrar numa casa de banho pública e a ver um buraco pensou: “Hum, um buraco, provavelmente é para por o meu pénis lá dentro”. Seremos estúpidos ao ponto de colocar o pénis em tudo o que é buraco? Quer dizer um buraco na parede, pode ser defeito da construção, alguém o pode ter feito involuntariamente, pode ser para colocar um parafuso ou algo do género, porque raio deduzimos que é suposto colocar lá o objecto da propagação? Até os cães, que são animais que perseguem o seu próprio rabo, não tentam colocar o órgão reprodutor a tudo que tenha uma forma que se assemelha a um círculo. Tudo bem que por vezes montam as pernas de transeuntes, mas não copulam com paredes na esperança de aparecer alguém que os acompanhe.

 

 Para terminar, como sabemos o “baboso apêndice” varia de proprietário para proprietário, á diferentes formas, feitios e tamanhos. Mas o glorioso furo tem sempre um tamanho igual. Já imaginaram entalar lá o reprodutor amigo? Gostava mesmo de ouvir alguém telefonar ás urgências com discurso semelhante:

 

 - 112, qual é a situação? Polícia, ambulância, bombeiros? (gosto desta introdução, é muito semelhante com um vendedor de gelados, deve ajudar a vitima a relaxar no subconsciente)

 - Bom dia, ia necessitar de uma ambulância. A situação é que… bem… entalei o pénis, e… não o consigo tirar.

 - Muito bem, não necessita de se sentir embaraçado, estas situações são mais frequentes do que julga. Onde ocorre a situação então?

 - Na casa de banho do jardim municipal.

 - Desculpe, onde?

 - Na casa de banho do jardim municipal.

 - Tudo, bem. Desculpe mas, se não é indiscrição, como entalou o pénis na casa de banho do jardim municipal?

 - Então, vi um buraco na parede, coloquei lá o pénis, afinal esse é o único propósito de buracos, e agora não sai.

 -Ou seja viu um buraco, achou que servia para pôr lá a genitália, e agora não consegue tirar, é isso?

 - Exactamente.

 - Ó Zé, este panasca entalou o coiso na parede numa casa de banho.

 - Como?

 - Epá, viu um buraco e achou que era boa ideia.

 - A sério?

 - Sim, e agora não o consegue tirar dali.

 - Não posso, uma pessoa ouve com cada coisa.

 - Que faço agora? Chamo uma ambulância não é? Quer dizer é estúpido mas é uma emergência.

 - Sim faz isso.

 - Ok, senhor ainda está aí?

 - Sim, eu até saía, mas tenho o pénis preso á parede.

 - Muito bem, então o senhor não se mexa, vou mandar uma ambulância até ai e já tratam do assunto.

 - Ok, obrigado, só mais uma coisa.

 - Sim?

 - Isto significa que sou muito grande?

 

música: Something for the ladies - Fligth of the Conchords
sinto-me: estufpacto

Sábado, 25 de Julho de 2009

Mais uma grande iniciativa

 O primeiro concurso anual de poesia da Grotafunda abriu recentemente as suas inscrições.

 

 Este concurso, promovido pela Junta de Freguesia da Grotafunda, Câmara Municipal da Grotafunda, Secretariado Cultural da Grotafunda e pelo Supermercado da Grotafunda (todos presididos pelo Zé), tem como objectivo prospectar toda a pitoresca freguesia da Grotafunda em busca dos seus espíritos mais sensíveis e de cidadãos alfabetizados, sondagens positivistas apontam para quatro, mas não queremos que tal seja motivo de euforia, até porque duas das pessoas que responderam sim á pergunta “é alfabetizado?” Apenas acenou a cabeça, uma outra disse: “han” e assumimos que esse vocábulo significava “sim” e a outra pessoa sou eu, e mesmo assim começou a sentir fortes dúvidas sobre a minha resposta.

 

 De qualquer maneira, foi com agradável surpresa que, ao ir á casa de banho da Junta de Freguesia, tive a oportunidade de ler o primeiro concorrente. A obra dá pelo nome de “Porque me deixaste”e é assinado por “caso tenha gostado, espreite este buraco          

 

  Porque me deixas-te?

  Terão sido as trevas de alma minha

  Ou o facto de eu bater-te

  E copular com a vizinha?

 

  Por favor volta para mim

  Porque o serviço de adopção

  Requer um casal, enfim

  Para ceder um órfão, que trabalhe na plantação

 

  Perdoa-me por não compreender

  As idiossincrasias do teu ser

  E também por não saber

  O que gonorreia quer dizer

 

  Mas para sintetizar

  Que a vida é curta e a ocasião mais tempo não me cede

  Digo-te que é um homem diferente, aquele para que estás a olhar

  Um homem que só te bate, quando o Benfica perde

 

música: Here she comes - Nirvana
sinto-me: sublimal

Quarta-feira, 15 de Julho de 2009

De todas as piadas fáceis que podia ter feito...

Por vezes questiono-me sobre as origens da nossa língua (se por inexplicável razão tem uma boa imagem do autor deste blog e quer preservá-la, não prossiga com a leitura deste texto. Se pelo contrário não é a primeira vez que cá vem continue).

 

Uma das idiossincrasias do nosso idioma que mais confusão me causa são: estes dois significados da palavra “recto”:

 

 A última parte do intestino grosso que termina no ânus”

O caminho da honra, da probidade

 

Ou seja, segundo a língua de Axel, o caminho da honra passa pelo ânus. O que só vem comprovar a importância de predadores sexuais na formação da língua portuguesa.

 

música: Ma Melodie - Mathieu Chedid
sinto-me: estufpacto

Sábado, 11 de Julho de 2009

Ah a ironia da vida

Creio piamente que a melhor experiência sexual é a da cobra.

 

Imaginem, todo o vosso corpo é um pénis e a vossa parceira consegue abrir a boca até 5 vezes a vossa largura.

 

Quão irónico é o mundo ao proporcionar tamanho deleite a um ser irracional

 

música: Nunca parto inteiramente - Manuel Cruz
sinto-me: fascinado

Segunda-feira, 6 de Julho de 2009

Entrevista com Saramago

 Há algumas semanas José Saramago afirmou que os blogues denegriam a nobre arte da escrita.

 

 Como dono de um ínfimo pedaço da blogosfera, a afirmação do prémio Nobel despertaram a minha curiosidade, como tal achei que o melhor a fazer seria entrevistar o galardoado escritor português.

 

(para todos aqueles que se perguntam como é possível um mísero jovem de uma pequena terriola no meio do Atlântico ter conseguido uma entrevista com tão ilustre personalidade, para publicar num espaço onde a mesma personalidade insultou por associação. Entrevista essa que será lida por aproximadamente 8 pessoas (se contarmos com todos os indivíduos que vêem cá parar por pesquisarem pornografia no Google). Quero dizer-vos que existe uma explicação perfeitamente plausível para isso tudo. Gatinhos meus senhores, gatinhos, gatinhos e arco-íris.)

 

Blayer – Antes de mais, quero deixar expresso o meu agradecimento por dispensar o seu tempo para esta entrevista.

Saramago – Agradeça antes aos gatinhos e aos arco-íris

B – Já o fiz.

S – Posso tratá-lo por “mentecapto amorfo escriba de futilidades”

B – É o meu desagrado relevante?

S – Não

MAEF – Pois seja. Saramago, não pode deixar de achar peculiar o facto de o senhor ter criticado a temática dos blogues quando, o próprio Saramago é possuidor de um blog.

S – Sim mas quando sou eu não faz mal

MAEF – Então porquê?

S – Porque quando sou eu a escrever em blogues é uma forma de marcar a diferença entre a minha escrita e as demais diferença essa que me distingue dos demais

MAEF – Mas se for eu a fazê-lo…

S – É só estúpido

MAEF – Compreendo. Outra nuance da sua escrita que não compreendo é o seu ódio visceral a sinais de pontuação.

S – Tem piada porque os senhores da academia sueca não acharam isso

MAEF – Claro, não estou a tentar por em causa o seu…

S – Diga-me uma coisa qual é o seu escritor português preferido

MAEF – Luís de Camões.

S – Camões sabe quantos prémios Nobel ele ganhou

MAEF – Nenhum, mas…

S – Pois nenhum

MAEF – Mas em sua defesa os prémios Nobel ainda não eram atribuídos quando Camões era vivo.

S – Subtilezas tudo o que sei é que em termos de galardões de academias escandinavas o resultado é Saramago 1 Camões 0

MAEF – Sim, mas talvez a razão maior para ele nunca ter tido prestígio semelhante prende-se ao facto de o prémio Nobel ser atribuído a obras produzidas num ano específico, e quando os prémios começaram a ser atribuídos Camões já estava morto á séculos. Logo não poderia produzir nada em nenhum dos anos em que os prémios foram atribuídos.

S – Mas porque é que está a tentar desvalorizar-me quer dizer eu produzo a única obra portuguesa galardoada com um Nobel e o senhor vem para aqui denegrir-me e insultar-me ao ponto de dizer que qualquer defunto é tão bom ou melhor que eu se tiver essa oportunidade

MAEF – Bem não é propriamente qualquer defunto…

S – Cale-se

MAEF – Mas…

S – Não quero ouvir mais nada

MAEF – Eu só…

S – Ládidádidá

MAEF – Isto é tão…

S – Bidubidubidu eu ganhei bidubidubidu eu ganhei e tu não

MAEF – Mas como é que eu haveria de ganhar se nem tenho nada publicado?

S – Não quero saber não quero saber eu ganhei eu ganhei

MAEF – Isso é tão infantil.

S – Não tu és tão infantil tu é que és tu é que és

MAEF – Senhor Saramago a sua atitude é deveras imprópria.

S – Não quem diz é que é

MAEF – Senhor Saramago isso nem lhe condiz.

S – Tás te a ver ao espelho

MAEF – Senhor Saramago, com franqueza a palma da sua mão não é um espelho.

S – Os senhores do Nobel não acharam isso

MAEF – Duvido que a academia sueca pense que o senhor tem propriedades reflectoras.

S – Olhe quando o senhor tiver uma obra que seja motivo de estudo no 12º ano de português venha falar comigo

 

música: Desert Rose - Sting ft. Cheb Mami
sinto-me: ofendido

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