Nunca li o “Livro do Desassossego” mas preferia lê-lo a ver o “Filme do Desassossego”, o que sumariza perfeitamente a minha opinião sobre este filme: apetece-me fazer outra coisa em vez de o ver, como escrever esta crítica, por exemplo.
O “Filme do Desassossego” tem frases bonitas (extraídas na sua quase totalidade da obra adaptada, tanto quanto o tom de declamação constante nos dá a entender) e imagens bonitas, como anúncios ou algumas estações de metro e também partilha da mesma consistência narrativa que estes dois exemplos.
A sinopse do “Filme do Desassossego” acessível no Imdb começa assim “A própria matéria dos sonhos torna-se física, palpável, visível”. Fazendo fé nestas palavras, os sonhos são feitos de óbvio. Como estar deitado sozinho num sótão a falar sobre solidão. Ou andar numa biblioteca enquanto discursa sobre a língua portuguesa, ou falar sobre grandes imperadores num restaurante de luxo, talvez João Botelho sonhou assim enquanto apoiava as mãos trémulas no Livro do Desassossego e esgalhava uma punheta intelectual adornando de desnecessário a obra adaptada
Mesmo sem ter lido o Livro do Desassossego estou confiante quando afirmo que este filme não acrescenta nada à obra nem interpreta, cinematograficamente falando, o livro, apenas recoloca o texto em imagens bem filmadas mas mal concebidas incapazes provocar em circunstância alguma a mínima surpresa ao espectador que não tem também nenhum conflicto ou narrativa para manter o investimento no filme. É confiada ao texto original (e/ou interpretações escritas e ditas em forma de ensaio) a tarefa de nos manter sentados a ver o filme o que por si só apenas nos vai deixar com interesse de ler o livro.
Não há história, apenas um Bernardo Soares melancólico a ler o seu livro enquanto executa tarefas e posses presentes em qualquer bom videoclip duma qualquer banda de rock chorante. Também vemos outras personagens sobre as quais nada sabemos a declamar coisas do livro enquanto fazem a sua vidinha. Muitas delas cantam, porque é uma boa forma de adaptar textos e não acarreta nenhuma preocupação chata como “contexto”.
Se nutre interesse pela obra de Fernando Pessoa e/ou o Livro do Desassossego, leia o Livro do Desassossego se se sente inseguro sobre a sua inteligência e quer ver um filme de aspecto intelectual veja o Filme do Desassossego.
PS: O final deste filme é tão óbvio que a meio do filme cheguei a pensar que eles não tinham coragem de o fazer, mas enfim que esperar dum filme onde o único gajo preto que fala faz rap.
Criança – Socorro o meu pai vai me bater.
Pai – Ahahahah estou bêbedo.
Ricardo Blayer – Alto, meu imponente corcel, alguém está a ser alvo de injustiça.
Criança – Vejam é Ricardo Blayer, cuja mera menção do nome aquece o coração mesmo de quem nunca aprendeu a amar, que os teus solenes punhos reponham a ordem neste lar esquecido por Deus.
Ricardo Blayer – Contem a tua cólera meu jovem. Pensa que o teu pai foi outrora uma criança pura e com sonhos tal como tu. Nem sempre o teu pai foi a amálgama de álcool e doenças venéreas que vês agora à tua frente, tornou-se a amálgama de álcool e doenças venéreas que vês agora à tua frente muito provavelmente por ser filho duma puta sifilítica e dum drogado atípico. As únicas escapatória que o teu pai tem de escapar a essa desilusão directamente proporcional aos seus anos de vida são a bebida e bater-te. A vida dum mártir é cheia de sacrifícios mas é uma vida honrrada e nobre.
Criança – Obrigado Ricardo Blayer, cuja grandeza de espírito é apenas rivilizada por algumas personagens bíblicas, as tuas palavras encheram-me de alegria e alento.
Pai – Grande homem, se o puto abrisse o bico eu ia dentro, como posso agradecer?
Ricardo Blayer – Vestindo-se.
Pai – Assim farei.
Bela rapariga – Socorro, este octagenário perturbador está a tentar violar-me.
Octagenário perturbador – Ahahahahaha, eu tenho uma faca.
Bela rapariga – Mas que gloriosa visão se precepita sobre mim? É Ricardo Blayer, cujo eco do seu heroísmo ressoa por entre as ruas mais escuras da cidade.
Ricardo Blayer – Alto! Meu imponente corcel, alguém está a ser alvo de injustiças.
Bela rapariga – Ricardo Blayer, de gloriosos epítetos, faz uso da tua magnânima e conhecidas habilidades marciais para retribuir a mágoa que sofro- comprovando o potencial de cadáver do meu agressor- pois nada mais que cadáver é, como podemos comprovar pela sua falta de humanismo.
Ricardo Blayer – Calma, assustada ninfa que proclamas a plenos pulmões o pánico que te assola nesta noite fria. É certo que o teu corpo é parte da tua identidade e como tal ninguém se pode auto-proclamar digno de o prescrutar. No entanto peço-te a ti que és soberana de ti própria que consideres o vil larápio que te toma por assalto, renegado por todos e lembrado por ninguém até a morte o negligenciou. E incapaz de sentir qualquer estímulo sensível que lhe retorne a felicidade de arrastar as suas peles por este mundo malogrado, renega toda a sua estrutura moral em prol dum último tumulto emocional antes do muito almejado descanso final. Se ainda assim achares justo chacinar o transgressor por atentado ao teu alvo corpo, assim o farei.
Bela rapariga – É desnecessário que executes esta pobre alma, as tuas palavras fluentes como um rio na primavera fizeram-me compreender que se usar a mesma energia que uso para me defender a mim própria em prol do benificio de outrem (seja em que aspecto fôr) irei oblatar felicidade, ou algo que se assemelhe, a mais pessoas, e por estar rodeada de felicidade, ou algo que se assemelhe, também eu serei mais feliz. Obrigada Ricardo Blayer, cuja áurea ofusca a mais brilhante estrela, por fazeres de mim uma pessoa melhor.
Octagenário perturbador – Obrigado Ricardo Blayer, valoroso compincha, não dava uma destas desde 1954, omo lhe poderei compensar?
Ricardo Blayer – É escusado agradecer por palavras, redescoberto amigo, mas pode sempre fazê-lo por intermédio de audiovisuais.
Octagenário perturbador – Assim o farei.
Miudo pequeno - Bully, pára de me espancar com a minha própria bomba da asma.
Bully - Ahahahah, eu sou grande e forte.
Miudo pequeno - Olha, é Ricardo Blayer, magnânimo filantropo.
Ricardo Blayer - Alto meu imponente corcel, aquele pobre e tísico rapaz está a ser alvo de injustiças.
Miudo pequeno - Acuda-me Ricardo Blayer, excelso humanitário, a minha fraca capacidade pulmunar aliada com o meu raquitismo impedeme de me defender deste grotesco ataque, que a tua ira e conhecidas habilidades marciais se precipitem abrupta e elegantemente sobre o meu opressor.
Ricardo Blayer - Calma meu rapaz, pois o ódio dos oprimidos face aos seus opressores é também ele ódio e a vingança é também ela uma forma de violência. Por vezes temos que esquecer o caminho mais rápido para a justiça e fazer valer valores mais nobres do ser humano, como a capacidade de perdoar e a bondade. E não nos podemos esquecer que os bullies são também eles pessoas, muitas vezes sem rumo e com falta de confiança. Pois a vida também não é justa para o teu opressor, pois a sua mãe é uma puta viciada em heroína, o pai um bêbedo que viola ovelhas o seu avô um porco sem carácter e toda a sua história familiar está repleta de consaguinidade. O que ele tem que se aperceber é que cada ser humano tem uma valor e uma personalidade intríseca a si mesmo e que nem só de experiências empíricas se faz o homem.
Bully - Obrigado Ricardo Blayer, brilhante trovador, o seu brilhantismo ilumina a minha alma e torna visivel um caminho de rectidão e pundonor dantes escondidos pelas trevas da dura realidade social, como posso agradecer-lhe?
Ricardo Blayer - Dás-me um cigarro?
Bully - Com certeza.
Se ainda há alguém a ler isto, um bem haja, a sua persistência tem tanto de heroica como de incompreensível:
Cá fica então o "incidente Malkovich" com legendas e pequena introdução (era suposto enviar isto ao caça ao cómico, mas creio ter vindo tarde, pois não tenho visto desenvolvimentos na página do concurso):
E também uma bonita história contada por versos:
Encontrámos-nos, à porta do museu,
Para uma exposição de arte moderna.
A urgência de ir a tal evento, deveu-se, penso eu
Pelo facto da arte referida, estar longe de ser eterna.
E antes que a sua moda efémera passa-se,
Disses-te que me apressa-se,
E que às oito e meia te encontra-se
Para juntos desvendar-mos as sensibilidades
De potenciais talentosos, com ainda mais potencial fama.
Se bem que... sem querer ferir susceptibilidades,
Confesso que só te queria levar para a cama.
Encontrámos-nos então, oito e meia, em frente ao museu,
Estavas tu serena, vestida de negro, no meio de tão características personalidades,
Artistas, criticos de arte, e pessoas que com toda a força o querem ser.
Tive a sensação que no meio de tantas excentricidades,
Por não ser excêntrico destacava-me eu.
Cumprimentei-te cordialmente, dois beijinhos como a etiqueta manda fazer,
"Tudo bem"?
"Sim e tu"?
"Também".
"Vamos entrando?"
"A não ser que queiras acelarar as coisas... posso já pôr-me nú".
Sim, eu sei, eu disse isto
Porquê? Como raio é suposto eu saber?
Estava nervoso, esmagado por tanta intelctualidade.
Percipitei-me a negar a asneira que tinha dito:
"Estava a brincar, não era a sério, achas que me consegues perdoar"?
"Vamos a ver..."
O teu sarcasmo soou-me a animosidade.
E invariavelmente começei a corar.
"Meu relaxa, agora era eu que estava a gozar,
Consigo apreciar um homem com sentido de humor".
E piscaste-me o olho.
Pus-me confiante então, não havia razão para temor.
Entramos no museu, confessei-te não saber que ala ver primeiro,
"Deixa estar, eu escolho"
Disses-te, e nesse preciso momento deixei de ter controlo,
Dei-te a mão (metaforicamente, literalmente seria infantil e tolo)
E deixei-me guiar como um cordeiro.
Primeira aula do museu:
O artista que se expunha era um dadaísta contemporâneo,
Ou pelo menos foi o que li sobre ele no wikipedia.
Porque de arte moderna nada sei eu.
Em exposição, uma tela toda preta com um ponto vermelho
A tua atenção virou-se para ele de modo instatêneo.
7 em 10 pessoas não lhe prestaram atenção,
Mas tu fugiste a essa média...
Perguntei-te porque razão:
"Estou a apreciar a aleatoriadade do quadro"
"E o que é que há para apreciar nas coisas sem nexo?"
"O facto de não compreender-mos como acontecem, dá um prazer inesperado".
Bem tentei contrapor o teu postulado,
Mas falaste em prazer inesperado,
E só consegui pensar em sexo.
Passamos para a segunda ala do museu,
Estava exposto um artista plástico,
Que se enquandrava no pop-art, ou ready made, creio que ninguém percebeu
Mas todos sabiámos que era fantástico.
Caramba, estava exposto num museu.
Exposto num pedastral,
Dejectos fossilizados dum qualquer animal,
Com um tubo oco a atravessar,
"Merda com uma palhinha", segundo o vulgo popular.
Juntou-se a nós um amigo teu, para nos ajudar na nossa percepção:
"Que conclusões tiram desta sublime criação?"
Viraste-te para ele de repente,
Como se já tivesses uma resposta em mente,
E estavas apenas à espera duma altura para a expor concretamente:
"Para mim representa o tão almejado destaque social,
A populaça é peganhenta, suja e vil
Mas há uma escapatória, para os de sensibilade mais transcedental,
Que é o que representa este funil".
Devia ter sido este o meu primeiro sinal...
O tom de voz de superioridade,
Que usas-te para dizer tal barbaridade,
Não podia provir duma pessoa normal.
Mas preferi ignorar tais pensamentos,
Substitui-os pela ideia que vias algo de belo,
Mesmo no mais nojento dos ornamentos.
Estava errado, e tarde de mais fiquei a sabê-lo.
Bem impressionado com a tua apresentação,
Ficou o teu amigo recém-chegado.
Disse: "muito bem observado",
E prosseguio com a sua opinião:
"Para mim a obra representa a podridão do mundo,
A sociedade, é representada pelas fezes no fundo,
E nós sugamos pelo tubo,
Tudo o que ela nos dá de mais imundo.
Para os pobres de espírito, é como se fosse adubo."
Riste-te genuinamente da apreciação rebuscada,
E congratulaste-o talvez de forma exagerada,
Tendo em conta que era suposto seres a minha acompanhada.
Mas nem tive tempo para perceber que estava a ser ultrapassado,
Pois depressa as atenções viraram-se para o meu lado.
Já todos tinham dito o seu verdicto,
Só faltava a visão aqui do convidado
Estava bem fodid... estava frito.
Que acrescentaria eu depois de tão elaboradas teorias?
Nem achava a "escultura" nada de especial,
Devo ser eu, que sou rude, e insensivél, e tal
Mas merda vejo eu todos os dias.
Mesmo assim tinha que exprimir alguma ideia,
Para não parecer que só sirvo para debitar verborreia,
Olhei para a obra com a atenção que ela exige,
Mas de mim só saiu "eu acho que está muito fixe".
Vi a desilusão a apoderar-se gradualmente dos teus olhos,
Ahh! Porque raio não aprendi eu a falar com mais folhos?
Mas antes que pudesse elaborar as minhas palavras banais,
Interrompeu-me o gajo que estava ali a mais:
"Oh, a sua ingenuidade é poética meu caro"
O meu embaraço era tão proeminente,
Que nem notei que ele gozava comigo com todo o descaro,
E ainda agredci inocentemente.
Olhas-te para mim como quem olha para um pobre analfabeto,
E a partir dai deambulamos os três pela edificio
A ver "arte conceptual" sem nenhum conceito em concreto,
E eu na vã esperança que, se aguentasse o sacrificio,
Te pudesse levar para um sitio mais discreto,
Para te fazer coisas que ninguém sensato pode achar correcto.
Dei-me mal.
E a noite atingiu o seu final,
Quando, exaurido de tanta admiração,
Decidi descansar o corpo numa cadeira banal,
Que estava, convidativa, mesmo ao lado do portão.
Vieste ter comigo com os olhos horrorizados,
Comparando-me a um animal selvático,
Acusando-me de fazer estragos irremediados
Numa obra-prima dum conhecido artista plástico.
"Que obra?" Perguntei inócuo
" Esta cadeira, seu invertebrado obliquo"
(nem tentei perceber o insulto e continuei).
"Esta cadeira vulgar, onde ainda agora me sentei?"
"Sim, sua besta embrutecida,
Essa escultura que usas como assento
Representa a standartização duma sociedade esquecida
Da beleza, que descurou na sua vida,
E que em vez de viver no momento, apenas vive de momento".
Desisti então da nossa "relação".
E o que respondi foi só para justificar a minha acção,
Porque a noite perdida estava já.
Chamei-lhe então a atenção:
"Repara, diz aqui IKEA"
Disses-te que fazia parte,
E acusaste-me de não compreender a arte.
Juras-te que a palavra não me voltavas a dirigir,
E ameaças-te chamar o segurança, portanto começei a fugir.
Bela maneira de acabar um engate.
Voltarei a falar-vos um dia destes (esperemos mais cedo que tarde)
Após 4 anos de existência (com uma frequência de post tudo menos regular), essa entidade mística que é o autor deste blog revela finalmente não só a sua voz, como a sua pronuncia em inglês (e para os mais pacientes a sua própria fase).
Tudo isto porque, e apenas com cerca de 2 meses a viver em Lisboa devido à minha licenciatura em Filosofia (FLUL) tive a oportunidade de ter um tête a tête com o senhor Jonh Malkovich, entenda-se por téte a téte (não faço a mais pálida ideia como isso se escreve) o senhor num palco a falar para mais de uma centena de pessoas e eu no meio da multidão a fazer-lhe uma pergunta, aliás, mais que uma pergunta... a propor-lhe uma maneira bem mais complexa de ver o mundo...
enjoy
E no sapo videos, onde pode ver as perguntas todas (creio) bem como uma expressão mais detalhada da expressão de assombro do senhor, e ainda uns rápidos vislumbros desta cara que vos escreve
Se há coisa que as instituições que traduzem os títulos dos filmes para português nos habituaram, essa coisa é a mediocridade.
Alguns de vocês, mais incendiários, extremistas e quiçá exagerados acrescentariam também o ridículo, e têm razão.
Bons exemplos disso mesmo são as seguintes traduções:
“Little miss Sunshine“ |
(o título refere-se a um concurso de “misses” para crianças, não é comum em Portugal mas algo como “A pequena miss” ou “A menina mais bonita” seria preferível à atrocidade escolhida) |
“Uma família á beira dum ataque de nervos” |
“Harold and Kumar go to Guanthanamo” |
(este filme faz parte duma série de filmes onde as personagens principais são sempre o Harold e o Kumar, porque não fazer uma tradução literal e dar o título de “Harold e Kumar vão a Guantanamo” ? |
“Grande moca meu” |
“The men who stare at goats” |
« O homem que fixa cabras » |
“Homens que matam cabras só com o olhar” |
“Forgetting Sarah Marshall” |
“Esqueçendo Sarah Marshall” |
“Um belo par… de patins” |
“Humpday” |
(o filme fala de dois amigos heterossexuais que decidem protagonizar um porno, um com o outro, uma tradução literal (“Dia para montar”) seria jogar pelo seguro (visto que o cartaz são dois homens sem camisa deitados numa cama, as pessoas iam perceber) mas não…) |
“Deu para o torto” |
“Get him to the Greek” |
(aqui “Greek” refere-se ao “Greek Theather” nos USA, o que impede uma tradução literal, mas visto que o filme é sobre levar uma estrela de rock a um concerto, porque não “Leva-lo para o concerto”, problema referencial resolvido) |
“É muito rock meu” |
“Knocked Up” |
“Grávida” |
“Um azar do caraças” |
É claro que existem também traduções não atrozes, algumas até um bocado hábeis (“Teenwolf” – “Lobijovem”), o que me faz pensar em possíveis títulos alternativos que, quase que certamente, pairaram sobre a cabeça dos nossos extraordinários criativos:
Título Original |
Título em Portugal |
Possíveis atrocidades |
“The Godfather” |
“O Padrinho” (era difícil) |
“O Poderoso chefão” (título que recebeu no Brasil) “Uma família à Italiana” “Família... família... negócios à parte” |
“Teenwolf” |
“Lobijovem” |
“Uma questão de pêlo” “Um miúdo com garra” |
“Titanic” |
“Titanic” |
“O barco do amor” “Paixão em alto mar” |
“Gone with the wind” |
“E tudo o vento levou” |
“A noviça rebelde” (mais uma vez, o título que recebeu no Brasil) “Bicicletas” |
“Godzilla” |
“Godzilla” |
“Lagarto gigante” “Monstro verde Destruidor” "Destruição em Nova Yorke" |
Adulação Atómica
São pequenas moléculas de energia,
São grandes porções de nada,
Que se dividem e subdividem…
Que se manifestam, em vãos reflexos duma mais vã sinergia.
São notas soltas duma harmonia desconcertada,
São dolorosos sopros, que rapidamente se esquecem, e penosamente se extinguem.
Repara, como prodigiosamente se agrupam,
Admira a complexidade dos seus movimentos,
Delicia-te com a inebriante forma com que te chamam.
Sim, é por ti que eles clamam,
É pelo teu toque que eles suplicam sofregamente,
É pela voracidade da tua ânsia que se arrastam subtilmente.
Ah, tão enternecedora é a forma como labutam…
São tão patuscos os seus desastrados gestos,
Que os meus braços esticam numa néscia esperança,
De arrebatar essa brisa, que só a minha emoção alcança.
Mas… Tal fantasia está além dos meus cândidos métodos,
E esse vento,
Que és tu, bailando harmonicamente conforme o ritmo do momento,
Trespassa-me tão completamente,
Que os exíguos resíduos que me ficam implantados,
Nada mais são que nostálgicos e oníricos pedaços,
De matéria incerta, que se divide e subdivide incessantemente,
Que se escorre do meu corpo conforme a velocidade dos teus passos.
Morreu José Saramago, credibilitado auto de várias obras, entre elas incluída o prémio Nobel da literatura "Ensaio sobre a cegueira".
Numa nota mais positiva, morreu o autor de "Ensaio sobre a lucidez".
Tal como mamas grandes, o desconhecido sempre fascinou, e intrigou o ser humano. Se juntarmos ambos temos a puberdade, mas estou a divagar…
Estou a divagar porque o tema deste post é “teorias remotas indígenas sobre terramotos”. Leitores usuais não ficaram surpreendidos pois se há bandeira que este espaço sempre hasteou, é a bandeira da diversidade e da cultura.
Pois bem, segundo os manuais de história do segundo ciclo, uma tribo do pacífico acreditava que o mundo era suportado por quatro tartarugas gigantes, e quando os nativos se desentendiam, as tartarugas começavam a mover-se em direcções opostas.
Haverá melhor sociedade? Haverá melhor forma de prevenir a discordância e a discórdia em prol da harmonia? Haverá mais lusório cenário para a luxuriosa ruptura do vínculo matrimonial?
-Querida, porque é que este simpático inquilino faz uso dos teus genitais para seu auto-recreativo deleite? (sacana do cabrão, se o apanho eu mato-o, com uma pedra, das pequenas, se não fossem as tartarugas…)
- Oh amor, este simpático senhor está a violar-me.
Sim, porque nunca existiu melhor época para ser violador que aquela. É quase fácil de mais:
- Bom dia.
- Bom dia.
- Vou-te violar.
- Opa agora não me apetecia mesmo.
- Olha as tartarugas… Queres desentendimentos é?
- Não, não, ora essa. Esteja à vontade.
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