Bela rapariga – Socorro, este octagenário perturbador está a tentar violar-me.
Octagenário perturbador – Ahahahahaha, eu tenho uma faca.
Bela rapariga – Mas que gloriosa visão se precepita sobre mim? É Ricardo Blayer, cujo eco do seu heroísmo ressoa por entre as ruas mais escuras da cidade.
Ricardo Blayer – Alto! Meu imponente corcel, alguém está a ser alvo de injustiças.
Bela rapariga – Ricardo Blayer, de gloriosos epítetos, faz uso da tua magnânima e conhecidas habilidades marciais para retribuir a mágoa que sofro- comprovando o potencial de cadáver do meu agressor- pois nada mais que cadáver é, como podemos comprovar pela sua falta de humanismo.
Ricardo Blayer – Calma, assustada ninfa que proclamas a plenos pulmões o pánico que te assola nesta noite fria. É certo que o teu corpo é parte da tua identidade e como tal ninguém se pode auto-proclamar digno de o prescrutar. No entanto peço-te a ti que és soberana de ti própria que consideres o vil larápio que te toma por assalto, renegado por todos e lembrado por ninguém até a morte o negligenciou. E incapaz de sentir qualquer estímulo sensível que lhe retorne a felicidade de arrastar as suas peles por este mundo malogrado, renega toda a sua estrutura moral em prol dum último tumulto emocional antes do muito almejado descanso final. Se ainda assim achares justo chacinar o transgressor por atentado ao teu alvo corpo, assim o farei.
Bela rapariga – É desnecessário que executes esta pobre alma, as tuas palavras fluentes como um rio na primavera fizeram-me compreender que se usar a mesma energia que uso para me defender a mim própria em prol do benificio de outrem (seja em que aspecto fôr) irei oblatar felicidade, ou algo que se assemelhe, a mais pessoas, e por estar rodeada de felicidade, ou algo que se assemelhe, também eu serei mais feliz. Obrigada Ricardo Blayer, cuja áurea ofusca a mais brilhante estrela, por fazeres de mim uma pessoa melhor.
Octagenário perturbador – Obrigado Ricardo Blayer, valoroso compincha, não dava uma destas desde 1954, omo lhe poderei compensar?
Ricardo Blayer – É escusado agradecer por palavras, redescoberto amigo, mas pode sempre fazê-lo por intermédio de audiovisuais.
Octagenário perturbador – Assim o farei.
Miudo pequeno - Bully, pára de me espancar com a minha própria bomba da asma.
Bully - Ahahahah, eu sou grande e forte.
Miudo pequeno - Olha, é Ricardo Blayer, magnânimo filantropo.
Ricardo Blayer - Alto meu imponente corcel, aquele pobre e tísico rapaz está a ser alvo de injustiças.
Miudo pequeno - Acuda-me Ricardo Blayer, excelso humanitário, a minha fraca capacidade pulmunar aliada com o meu raquitismo impedeme de me defender deste grotesco ataque, que a tua ira e conhecidas habilidades marciais se precipitem abrupta e elegantemente sobre o meu opressor.
Ricardo Blayer - Calma meu rapaz, pois o ódio dos oprimidos face aos seus opressores é também ele ódio e a vingança é também ela uma forma de violência. Por vezes temos que esquecer o caminho mais rápido para a justiça e fazer valer valores mais nobres do ser humano, como a capacidade de perdoar e a bondade. E não nos podemos esquecer que os bullies são também eles pessoas, muitas vezes sem rumo e com falta de confiança. Pois a vida também não é justa para o teu opressor, pois a sua mãe é uma puta viciada em heroína, o pai um bêbedo que viola ovelhas o seu avô um porco sem carácter e toda a sua história familiar está repleta de consaguinidade. O que ele tem que se aperceber é que cada ser humano tem uma valor e uma personalidade intríseca a si mesmo e que nem só de experiências empíricas se faz o homem.
Bully - Obrigado Ricardo Blayer, brilhante trovador, o seu brilhantismo ilumina a minha alma e torna visivel um caminho de rectidão e pundonor dantes escondidos pelas trevas da dura realidade social, como posso agradecer-lhe?
Ricardo Blayer - Dás-me um cigarro?
Bully - Com certeza.
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