Sinto-me deveras desolado derivado a acontecimentos de certa forma recentes.
Ainda outro dia, a minha avó dirigiu-se a mim e disse:
- Temos que conversar.
(ao que respondi)
- Que se passa?
- Á algo que tenho andado á muito tempo para te dizer, mas até hoje nunca tinha arranjando a coragem para o fazer…
- Avó, estás a deixar-me bastante preocupado.
- O que se passa, o que se passa é que… Eu…
- Diz logo avó, a tua hesitação está a deixar-me bastante intrigado e assustado também.
- Eu… Cosi as meias a outra a pessoa, pronto já disse.
- O QUÊ?
- Desculpa.
- Mas o que foi que eu fiz de mal?
- Nada meu filho anda, tu és um neto impecável, um querido, é só que…
- Só o quê?
- O teu pé não é grande o suficiente para me satisfazer.
- Não é o quê? Mas eu calço o 42, que é o tamanho normal.
- O problema não és tu, sou eu. O teu 42 satisfazia-me perfeitamente até certa altura, depois começou a tornar-se monótono, era sempre a mesma coisa, nunca variava, e para ser sincera não foi só o tamanho do pé…
- Não??? Então que foi mais?
- Tu não tens meias com raquetes. Eu sou uma idosa, tenho as minhas necessidades, e tu não tens os meios para as saciar. Como queres que em realize, se tu não tens nenhumas meias com raquetes para eu coser?
- Não posso crer. Os outros eu ainda compreendia que me colocassem de parte por eu não ter meias com raquetes. Não conheciam a minha história, não compreendiam o meu sofrimento, não compartilhavam a minha dor. Agora tu avó? Eu sempre pensei que estavas a li para me apoiar.
- Pois lamento, libelinha.
- Não me chames mais isso por favor.
- Ok tudo bem, compreendo.
- Então quem é ele?
- Lembraste do Teotónio da aldeia?
- Aquele que sofre de elefantíase?
- Sim.
- Não posso crer, tu gostas de algo assim? Não me admira que eu não te satisfizesse, a culpa não e de facto minha, é tua. És uma maníaca, uma tarada, uma depravada, que não olha a qualquer tipo de decência e senso comum para satisfazer as suas necessidades mais básicas.
- Bem me parecia que não ias compreender, sempre foste muito quadrado e preconceituoso, o que se passa, meu bota-de-elástico, é que coser as tuas meias era monótono, e quando coso as meias do Teotónio, redescubro um prazer pelo tricô que á muito julgava perdido.
- PÁRA! Não quero ouvir mais nada, vou embora adeus.
-Adeus.
-Cumprimentos ao avô.
- Serão entregues.
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