Uma das mais estranhas particularidades do ser humano é a vontade de ler na casa de banho.
A grande maioria da população humana gosta de ler na casa de banho. O que dá a sensação que estamos á espera que as nossas funções mais básicas se realizem por si só. Será que desconhecemos assim tanto o nosso organismo, que temos que ir á casa de banho e esperar, durante tanto tempo que mais vale levar qualquer coisa para ler, para que as mais básicas funções se efectuem? Por vezes creio que as pessoas nem têm vontade de ir á casa de banho, estão apenas lá “pelo sim pelo não” daí a necessidade de levar algo para ler, caso contrário seria muito aborrecido.
O que também me espanta é que, após efectuadas as básicas funções, as pessoas continuem na casa de banho a ler. Muitas das vezes as pessoas têm oportunidade de ler num local com cadeiras mais confortáveis, melhor ambiente e menos cheiro a urina (a menos que vivam na Amadora) e continuam a ler na casa de banho. Porquê? Eu ainda compreendo se a leitura for algo de embaraço extremo, como uma revista pornográfica, ou um livro da Margarida Rebelo Pinto. Mas pensando bem, quem é tão narcisista ao ponto de “ler” revistas pornográficas numa casa de banho durante mais de 45 minutos? E todos nós sabemos que os apreciadores de Margarida Rebelo Pinto defecam publicamente pelo intermédio de frases.
Ao que parece a febre da High Defenition chegou também à pornografia.
Como é sabido a pornografia é tema recorrente neste espaço. O que acontece não só por ser um assunto tão complexo e passivel de análises múltiplas como é, mas também pelo número de visitas a esta montra do ambíguo quadriplicar quando o assunto é mencionado.
No que toca ao uso do HD nesa forma de arte confesso ser algo que me transtorna, por uma simples razão:
Uma borbulha no rabo em defenição normal é uma borbulha no rabo.
Uma borbulha no rabo em HD é uma nojenta vola de pús.
São aqueles pequenos sapatinhos que os bebés usam, poucos meses depois de aprenderem a andar.
Porque raio é que fabricam calçado de sola tão sobremaneira dura para alguém que ainda mal sabe andar? Quer dizer, ainda ontem o coitado infante aprendeu a meter um pé á frente do outro, já o obrigam a fazer o mesmo com 250g em cada pé (o que quando se pesa cerca de 20 quilos é um desafio extenuante).
Mas o que mais me chateia nem é as dificuldades de locomoção do petiz, mas sim o que se sucede quando lhe pegamos ao colo. Quando lhe pegamos ao colo (estando sentado) o “fruto das entranhas de outrem” começa a caminhar nas nossas pernas, mas devido á sua falta de capacidade cognitiva, pisotear-nos incansavelmente os testículos. De forma inexorável mesmo, enquanto se ri rutilado pelo gáudio da nossa dor.
Como se não bastasse, em ordem de evitar rótulos injuriosos e perturbadores, ainda temos que sorrir de volta para o infame meia-leca. É pura tortura psicológica, lá estamos nós resplandecentes enquanto pensamos:
“Ah, seu pirralho vil, como desejo ser politicamente correcto esbofetear-te. Oh sim desejo esbofetear-te tanto, iria fazer-te sentir os píncaros da dor (mais uma pisadela) ah tu gostas disso, seu rebento de Jezebel, tu gostas… Espera até te conseguires apoiar em duas patas e sentirás a minha ira. Serei a tua personificação do horror seu bandido.”
A um dia do terceiro aniversário deste blog, o Grandioso Campeonato de Ordenha Espancador Vara de Pinho fica curiosamente a três jornadas do fim, sendo os resultados desta semana os seguintes:
Tributo Ancião da Grotafunda 26
Marítimos do Cerrado 24
Lavradores Independentes 24
Homens do Leite Ordenha Clube 24
Grotafunda Ordenha Clube 34
Associação Grotafundense Ordenha26
Associação PACMPDG da Grotafunda 31 Juventude Vaqueira 27
Não tiveram semelhante sorte esta semana. Por divina obra do karma, encontraram uma motivadíssima equipa do GOC, que lhes deixou completamente sem argumentos, e a todos os 14 espectadores presentes na Queijaria Alberto um agradável sentimento de perplexidade.
No entanto não foi o GOC / AGO, o embate mais electrizante desta semana de retorno do Grandioso Campeonato de Ordenha Espancador Vara de Pinho. De facto o defronto que perdurará eternamente nos anais desportivos da Grotafunda foi o Tributo Ancião da Grotafunda V.S Marítimos do Cerrado.
Á entrada do “Santuário do Leite” o TAG e o MC, eram duas equipas em situações tudo menos similares. Por um lado o TAG, líder invicto do campeonato com
Quanto ao Marítimos as circunstâncias eram outras, ainda sem pontuar, e com menos
Era um clima tenso que se sentia então pelas 6 e 30 da manhã no “Santuário do Leite”, frente a frente os guerreiros de Silvâ: Carlos Abelha; Jacques Pires e Apolo Silva Santos. Contra os gladiadores do cerrado: João Silva; Jonathan Miranda e Rui.
Suores frios percorrem os atletas e os espectadores (perto de uns 18, que fazia o Santuário encher pelas costuras), entoavam-se cânticos de guerra, cuspia-se para o chão, alivia-se a comichão iminente, provocada pela infame micose genital proveniente do nervosismo. E o cronometrista (imprudente) soa a campainha e decide que aqueles mancebos viris se gladiem perante as massas
Estupefactos com tanto talento, os Marítimos vacilaram a principio, e começaram timidamente com Rui, que como se nunca tivesse visto tetas na vida, tocava a vaca a medo, quase a perguntar “poso? Por favor? Obrigado” sempre que os seus trémulos dedos sentiam as macias glândulas do bovino. Mas Albino Santos, pedagogo experiente, rapidamente constatou que Rui não consegui gerir a pressão de semelhante encontro, substitui por uma velha raposa da ordenha, que já marcou presença em 6 clubes diferentes do campeonato tendo mesmo sido campeão em 1997 pelo Grotafunda Ordenha Clube: Márcio Alves.
E valeu a experiência de João Silva e Márcio Alves, para arrancarem o jogo para os Marítimos, permitindo assim ao cair do primeiro parcial uma autêntica “explosão Miranda”. Jonathan Miranda, que já no último jogo tinha tido uma muito boa prestação, ordenhou neste primeiro período
Ao avistar uma possível vitória perante os virtualmente imbatíveis TAG, os Marítimos redobraram as forças para o segundo período. De facto entraram com tanta vivacidade e vontade de ganhar que o grito de Jonathan na cara de Jacques “Esta é a minha vaca” ouviu-se em todo o Santuário, no confronto que muitos já dizem ter sido “Godzilla contra King-Kong da ordenha”. E os homens do Marítimos ordenharam com labuta e garra, bolhas com pus e sangue se fizeram nas mãos desses bravos homens, e esse pus sangue e suor caía dramaticamente no leite, deixando o liquido impróprio para consumo mas recomendado para poética contemplação.
Perante tão estóico esforço, não houve talento que resistisse, e no segundo período o resultado era de 15-19.
Para o início do 3º e último período, Albino Santos viu-se obrigado a substituir Márcio Alves, que já não pode contar com a stamina dos impertinentes jovens que era suposto enfrentar. Albino pressupôs que, devido á vantagem da equipa e da segura performance dos seus homens, que seria uma boa altura para permitir a nova entrada de Rui. Pois maldita a hora em que o fez, Rui denotou ainda demasiada pressão e deixou-se dominar pelo momento. As tetas escorregavam-lhe das mãos, era demasiado rápido quando a vaca queria que ele fosse gentil, era lento quando a vaca queria vigor, precipitava-se, enganava-se no timing, julgo até que a certo momento se viu lágrimas nos seus olhos. Decadente espectáculo nos proporcionou Rui, é muito triste ver um homem já adulto deixar-se manipular, consumir e ser mal digerido assim por uma vaca. Ainda assim o Marítimos (com
E foi na altura dos guerreiros de Silvâ mostrarem o que valiam, que história foi escrita nas rudes e esplendorosas mãos de Jacques Pires. Quando tudo parecia perdido, Jacques ocupa o banquinho e com a minuciosidade de um ourives, a paixão de um herói e o fulgor de um tenor começou a fazer das glândulas daquele desmesurado animal, instrumentos de uma sonata, mármore onde ele esculpiu um sonho, juro por Deus que a meio do processo fechei os olhos e ouvi coros de anjos e harpas. O momento de todos mais divinal, foi quando Jacques encostou os quentes lábios á teta do bicho e sugou com adocicado calor o alvejado líquido. Lágrimas vieram-lhe aos olhos, mas ao contrário das lágrimas de Rui, que eram lágrimas de pavor, medo e desejo de evasão, estas lágrimas eram lágrimas de paixão, alegria e vivacidade. Acho que a cara de todos nós, cidadãos do mundo, se enterneceria perante tão bucólico retracto. Jacques ordenhou sozinho
Sem mais a acrescentar aqui fica a tabela classificativa:
Tributo Ancião Grotafunda |
12 |
|
Associação PACMPD da Grotafunda |
12 |
|
Associação Grotafundense de Ordenha |
09 |
|
Juventude Vaqueira |
06 |
|
Grotafunda Ordenha Clube |
06 |
|
Homens do Leite Ordenha Clube |
01 |
|
Lavradores Independentes |
01 |
|
Marítimos do Cerrado |
00 |
|
Eu sei que se trata de um assunto "esquecido", mas como ainda não tinha escrito nada sobre isso, achei por bem deleitar-vos com algumas acertivas proposições sobre o assunto.
E tendo em conta que hoje é dia de Camões e das comunidades, achei por bem transcrever a primeira estrofe da epopeia portuguesa para "o novo português":
"A´s amas i us baoes azinaladus
Khe dah oziental paia tuga
Po agua na navegadah nuca
Pazaram inda alem da Barra da Tixuca
En pligos i geras isfurzados
+ duh khe pomitia a fuerza umana
I beteween people renota idifi... fiseram things
どうぞよろしくお願いします。高画質でご視聴できます"
Para que conste: até eu acho este final fraquinho, mas enfim na altura senti a necessidade de explicitar a minha ideia de forma atabalhoada em género de conclusão.
Felipe apercebeu-se que o seu protégée era na realidade uma criança triste, e apesar da melancolia e apatia lhes permitir uma melhor visão das coisas e uma mais próxima aproximação da verdade, a melancolia e apatia restringia-lhes a felicidade, pois impossibilitava-os de se fascinarem e seduzirem. E apesar de Felipe ter renunciado e se afastado conscientemente de tudo o que pudesse afastar da razão e colocá-lo em situação de risco emocional, o garoto não requeria consciência suficiente para poder escolher conscientemente abdicar de experiências e dos prazeres do fascínio e sedução, em prol de uma imagem (discutível) da realidade. Sim todas as crianças vivam numa utopia fantasiosa e efémera, mas… não será isso uma experiência que todo o ser humano merece? Afinal se algum é bom e nos permite alcançar alguns momentos de felicidade, não se deverá prolongar e preservar esses momentos? Deverá a realidade usurpar-se á felicidade? Será que o conceito de felicidade eterna, apenas por ser utópico, deve ser evitado? Felipe não sabia, mas Felipe lembrava-se dos bons momentos que o fascínio e a sedução lhe tinham proporcionado, Felipe reconhecia que se tinha deixado cair num caleidoscópio de deleite, que estava longe de o conduzir á verdade irrefutável, mas a verdade irrefutável é também ela utópica, e quando as nossas hipóteses de escolha são ambas utópicas, quem era Felipe para dizer que a opção é tão óbvia e linear para que se ignore a outra? Era isto que passava pela cabeça de Felipe enquanto o Mexilhão Brincalhão lhe pontapeava os glúteos e apitava numa buzina gigante.
Nos dias que se seguiram Felipe escreveu uma crónica sincera e mais user friendly, sobre as duvidas que lhe ocorreram naquele dia, defendendo a protecção das fantasias infantis como “forma de prolongar a felicidade (objectivo de qualquer ser humano) por mais tempo”, esse texto permitiu-lhe uma taxa de aceitação dos leitores a rondar os 30% (era agora menos odiado que o cartoonista que fazia bandas desenhada a gozar com amputados, e com o autor da crónica “zona jovem” que tinha como classificação positiva a frase: “bué da fixe” e como classificação negativa a frase: “fatela meu” e se despedia do leitor com “curtem muito bacanos”). Essa taxa em junção com a pequena cunha do director permitiu-lhe mais uns anos de escrita esporádica, e os douradinhos suficientes até á data da sua morte por atropelamento de motorizada (acidente que lhe esmagou o crânio).
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