Produtos com o logótipo da playboy, numa mulher transmitem a mensagem de “eu sou uma mulher confortável com a minha sexualidade, e capaz de fazer algo menos convencional que vos pode surpreender”. Já num homem transmite a mensagem de “eu gosto mesmo muito de pornografia”.
Não sei se já tiveram a oportunidade de ver o novo anuncio que aborda a compra do automóvel “Fiat Punto”, mas se já tiveram provavelmente concordaram comigo que é algo que desafia as regras da lógica e da decência, da mesma maneira que uma freira com mamas grandes desafia um pároco.
O anúncio começa com a vista de cima de um trampolim olímpico, depois um grupo de pessoas (vestidas como ginastas olímpicos) começam a saltar no trampolim demonstrando as suas habilidades no trampolim. Pequena particularidade, todas estas pitorescas personagens, estão a segurar cartazes que indicam todas as vantagens de comprar o seu automóvel num concessionário Fiat. Para terminar, o grande final: um Fiat Punto cai em cima do trampolim e começa a saltar compulsivamente, insultando a lei da gravidade com obscenidade tal que a mesma jurou ir chamar o seu pai.
Porque raio alguém iria querer comprar um carro que está a saltar num trampolim olímpico? O que é suposto nós pensarmos? “Olhem um carro que salta num trampolim olímpico. Vai dar mesmo jeito quando me despenhar num abismo, e no fim desse abismo houver um trampolim olímpico, como é bastante comum.”
Mas a piece da resistance, vem no fim no anúncio, onde eles dizem que nos oferecem até quatro mil e quinhentos euros pelo nosso carro antigo, acontece que no anuncio, onde se pode ler "oferecemos até 4500€ pelo seu antigo automóvel", é possivel ver também um asterisco de tamanho considerável, coisa gira, não se conseguem ler as letras correspondentes a esse asterisco, resumindo, os bons senhores da Fiat não se importam que o povo saiba que eles lhe estão a mentir, apenas não querem que o povo saiba qual é a mentira.
Quem olhar directamente para os olhos do Pedro Abrunhosa transformasse automaticamente em pedra
Se existe coisa que me fascina, essa coisa são os desportos elitistas.
E porquê que semelhante actividade te fascina, ó seu Ulisses da Grotafunda, seu magnânimo salvador da expressão “supimpa”, seu “Teddy Bear” da comunicação? Pergunta um qualquer auto-ego pessoal, que tem tendência a (de uma forma deveras hiperbólica e peculiar) elevar a minha auto-estima a um lugar tão alto, que só o mais belo e puro dos pássaros consegue vislumbrar por breves, mas preciosos momentos.
Porque se formos a ver bem os desportos elitistas são como qualquer outro desporto, mas com cavalos, podemos até mesmo elaborar uma fórmula aritmética para simplificar a minha linha de pensamentos:
Desporto (D) + Cavalos (C) = Desporto elitista (De) ou D + C =De
Por exemplo, o pólo, o pólo se formos a ver bem é o hóquei, mas com cavalos, com certeza que apeteceu a uma qualquer elite jogar hóquei, por isso foi (e com toda a lógica) montar um cavalo para que não tivesse que correr.
O mesmo aconteceu quando uma qualquer elite quis praticar saltar barreiras (dando origem á equitação).
A corrida de cavalos parece-me que dispensa qualquer explicação.
A própria tourada de praça (que não é um desporto) também inclui um cavalo, com certeza alguma elite queria ser forcado.
Ainda a propósito das touradas, ninguém me tira da cabeça que os campeonatos ilegais de lutas de galos e/ou cães, deixaram de ser ilegais quando for permitido a presença de cavalos. Sim porque cá para mimas touradas, eram na realidade campeonatos de luta ilegais com touros.
E não nos podemos esquecer do golfe. Porquê (pergunta o mesmo alter-ego de á pouco)? Porque os nónios (como eu gosto de lhes chamar carinhosamente) quando têm de se deslocar do ponto A para o ponto B usam um pequenino popó, e quantos cavalos tem o motor desse popó? Um* claro está.
* Dados obtidos pelo girar de uma garrafa
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